Não de vinho, ou outro álcool qualquer,
Mas dum fel tão amargo de beber,
Que me tirou, se eu a tinha, a altivez!
Aquela era diferente, e não me fez
Cantarolar, mas lágrimas verter
Não me deu mais visão, fez-ma perder
E a estes meus ouvidos deu surdez!
Não vejo, já, mais nada à minha frente,
E, se me falam eu torno-me ausente
P’ra depois não dar voz ao coração.
Oh! Que estranha! Oh! Que estranha era a bebida
Que eu traguei e amarguei na minha vida...
...No cálice do amor, bebi paixão!
joão lopes em 1988
4 comentários:
Ora pois!
Um Poema genial... sobre o mais potente dos psicotrópicos.
Uma droga que vicia pelo sofrimento.
Que me desculpe a tua "cousin" Sofia, mas ainda por cima bem construído...
Tenho esta mania... de ver formas para além dos conteúdos...
:) Consta que essa "cousin", Eduardo, é que é cheia de manias. Azar o dela! :)
Muito bonito, JL. E muito intenso, como sempre. Sente-se imenso.
gostei de ler/sentir essa embriaguez
jocas maradas
É pá...pronto foi paixão...eu já aqui preocupada que tinhas bebido lixivia, mas pronto , bubeste da paixonhe lol Bem deixei duas penas, e ja adicionei aos favoritos, uma beijoca aos dois autores prontes.
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