terça-feira, janeiro 17, 2006

Deste Branco

Deste branco fica sombra
a tinta derramada,
todo o corpo consumido,
pela vaga esfarrapada.

Deste branco resta esperança
a pomba por voar.
Desse fundo dos teus olhos
a paz plena a conquistar.

Cor dos sonhos puros,
dos frutos proibidos.
Universo onde entrar
pela porta dos sentidos.

Espuma breve que perdura,
neve fria que me aquece
fugaz posse de quem foge
virgem pura que apetece.

De lá tudo
luz que cega na chegada.
P’ra lá tudo
luz que acalma na partida.
Berço e esquifo
eterno círculo,vida, morte e nova vida.

Eduardo Leal, 1993

2 comentários:

Anónimo disse...

Gostei mto.. Além de outras considerações, relembro que por mto que pareça que descobrimos, ou revolucionamos, não é bem assim, milhares de circulos já se fecharam antes de nós...


Pronto foi do que me lembrei . :)

Fornense disse...

mt bom.. parabens !