Que escapam fugidios entre os dedos
Da alma que os inventa e cria? Medonhos
São os suores despertados pelos medos
Que me descobrem, a vida, enfadonhos,
No amanhecer das mágoas e segredos
Ocultos em mim. Presos e tristonhos
Os risos que soaram, enfim, ledos
No doloroso canto de sereia
Que percebi no entardecer das águas
Desse pranto que chega – nunca tarde –
À praia que se estende nesta areia.
A quem confio, agora, as minhas mágoas
Se o fogo onde as queimava já não arde?
joão lopes
6 comentários:
Acontece o mesmo comigo. nao tenho a quem confiar as minhas magoas. è a vida, Beijo
É sempre de alguma forma de solidão, que nasce um poema. Tenha ao menos, essa solidão, uma finalidade nobre. Este poema queima. Mas não é a mágoa, que ele queima.
Custa sempre tanto, não é?
Fico sem palavras perante a poesia que nos vem de dentro.
E se alguma coisa consigo dizer é
sorri muito
amanhã verás que será diferente.
Beijo grande para ti que nos dás tanto
João Lopes,
Este adorei ler. É triste mas muito real. Brrrrrrr...até arrepia.
...Só espero que não seja uma realidade actual!?
Beijos
Ah, a apresentação do blog está diferente :-) muito bonita a imagem e o grafismo!
Há sempre um ombro amigo... Aproveita . Beijo JL
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