Arde em desejo o beijo que o ciúme
Queima em desespero e a loucura fez
Soltar-se num braseiro, ardente, em lume
Neste inferno. Sufocante a altivez
Dos olhos que assim me olham: em flume
Agreste, onde nasceu e se desfez
Num mar de ilusões, pranto e cardume
De sentidos, desfeitos na nudez
Das palavras floridas do bravio
Suor do desencanto! Se amanhece
A vida em madrugada nos teus olhos,
Prometendo o doce bafo do estio,
Logo, depressa, tua boca a arrefece
E a faz jazer, serena, em mar de escolhos!
joão lopes
4 comentários:
Lindo, lindo, lindo...
João
descubro-te mais e sempre...
este poema poderia ser a continuidade do que escrevi...
e já não é a primeira vez. e gosto tanto de saber que tu és também a ponte
dos sentidos masis sentidos
do amor mais sublime.
Beijo João
ès muito querido...
O ciúme...há mt que não me lembrava dele...que bom :)!
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