Quando passa
os meus olhos ficam nela.
E não sei se por malícia
ou só desejo...
não penso em nada mais
do que mordê-la...
abrindo esse diálogo
com um beijo.
Ela brinca
com meus olhos, na desgraça
do seu corpo
me prender em fantasia.
E ao sol,
aqui sentado, nesta praça...
vou sonhando acordado
em pleno dia.
Os seus lábios
que esta minha boca trinca
em delírios
com sabor quase real...
são as armas
com que o diabo pinta
a cor perfeita
do pecado original.
E o cheiro
que enlouquece até os sábios
desse corpo
onde quero acontecer
é um céu
à procura de astrolábios
entre o certo
e os mistérios por saber.
O corpo dela
é um pomar inteiro
a fruta toda
que desejo devorar.
É um mar
p’ra onde corre o meu ribeiro
só de vê-lo,
feito grande a transbordar.
quarta-feira, outubro 06, 2010
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