domingo, outubro 24, 2010

Haverá sempre palavras por dizer,

que se soltam no fundo dos teus olhos,

na malícia toda do teu sorriso

como se fossem todo o ar preciso.


São sentidos à procura doutros verbos,

outros dedos nos caminhos do teu corpo.

Notas soltas na tua pele macia

enquanto frágil eu inspiro cada dia.


Horas breves em que enfim encontro,

perdido nos teus lábios, quando riem,

trocando assim meus passos, já perdidos,

outro fogo que me dá novos sentidos.


É então que o tempo todo enfim suspende

a lógica improvável dos caminhos

e doce, infinitamente doce, insinua

este mar revolto nessa praia, nua.

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