segunda-feira, outubro 18, 2010

Pergunto-me se sabes

os mistérios entre as linhas…

a fronteira ténue

entre o ir e o voltar…


Se ao menos quando olhas

imaginas,

para além do que é tão óbvio

todo o resto a desvendar.


Pergunto-me onde guardas meus segredos

e em que canto do teu colo,

nas conversas todas por fazer,

sonhando enfim me deito.


Como se o teu corpo fosse

doce dádiva a Apolo…

Como um barco a navegar

num mar perfeito.


Pergunto-me se entendes

o que penso apenas,

quando tornas em manhã

os desejos todos de um olhar.


E se os teus lábios,

como flores, como açucenas,

um dia se farão

outro lugar.

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