Onde jamais chegou a luz do dia,
Coloquei um fogo d’amor, que ardia
No peito, já p’las brasas consumado!
Cobri-o... e deixei-o sepultado;
Enquanto a chama a cinza consumia,
Senti a fuga da melancolia
Que antanho fez de mim um assombrado.
E quando o já julgava consumido
Senti que o fogo frio me queimava,
E a tampa, tenebrosamente, ergueu-se:
Ouvindo-se um sussurro e um gemido,
Aproximou-se o vento, de rajada,
E o fogo apagado, reascendeu-se!
joão lopes em 1988
6 comentários:
"...Ouvindo-se um sussurro e um gemido,
Aproximou-se o vento, de rajada,
E o fogo apagado, reascendeu-se!"
... como era bom, que tudo fosse assim...
Adorei o Poema.
Abraço e boa semana ;)
Gosto de aqui vir, pela calada da noite, ler-te.
Gostei!
Bj ;)
" o fogo apagado, reacendeu-se."
Adorei.
Beijo JL
Deleitei-me com as tuas palavras, rejubilando com o final...
Fica um beijo
Muito bonito,parabéns.
Um beijo.
Vinha ler-te...
Deixo um abraço e bom fim de semana :)
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