A ti, que nunca viste a bruma e as negras sombras?!
Como descrever-te o fio que conduz
A certa madrugada... cor da esperança?!
Peço-te por tudo que não esqueças
As lembranças que espero nunca tenhas.
Sobretudo, peço-te: mereças
A liberdade toda que o teu olhar agora alcança.
Hoje jantas à mesa dos teus sonhos
Porque tê-los é doce e já possível.
Mas não esqueças que é tão frágil este vidro...
Que este cravo que te ofereço, rubro...
Sendo hoje certo e apetecível
Porque fácil, tão presente... corre perigo.
para a Joana, 25 de Abril de 2006