Ai se eu pudesse...
esmagar nos dedos,
os caroços todos da maçã de Adão...
Pudesse ou não...
não valia a pena!
Que o tipo, o criador...
na orgia do momento,
esqueceu a chave...
o mistério do silêncio,
do fim da festa!
Há dias assim!
Acordámos mal dispostos...
com sabor a sidra nos teus lábios (?!)
e não calamos os segredos
que nos fizeram sábios.
Se ao menos acordarmos...
juntos...
havemos de ir mais longe...
Quem sabe às Índias!
domingo, julho 08, 2007
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3 comentários:
O poema é lindíssimo e chegaria escrever apenas isto.
No entanto, não me parece que os caroços da maçã de Adão, que tão bem aparecem no poema, sejam muito determinantes para o "assunto"...
Calar, ou não calar, eis a questão.
Dizer ou guardar?
Talvez sentisse que teria, também, um pedaço de maçã, com caroços e casca, atravessado na garganta.
E há dias assim, também para mim, supostamente, feita de uma costela do Adão.
Hellas!... não me parece que consiga chegar às Índias...
De facto, é um poema lindo!
Gosto do final, parece-me bem esperar chegar ás Índias...
Noite estranha esta, em que por ínvios caminhos, aqui vim parar.
Para voltar e voltar a voltar, para ler e reler...
Parabéns e um abraço
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