só por sobre os rostos águia.
Ser olhos de rapina
e ténue fogo
por entre os brancos ombros
da montanha.
Um pássaro de sombra
contra o vento,
ou pedra sob o sol
e água breve.
Eu sou um pouco
deste pensamento.
Um pouco deste riso
de esquecer.
Eu sou águia,
o tempo de voar...
mas perdi o tempo
de ser mar!
Porto, 3-7-1980
3 comentários:
É certo que já não há vento mas ficou no rosto o gosto a saudade, um sentimento especial que só o vento conhece.
Blogue duma estética irrepreensível, comprometido com a belza da vida, a merecer mais e constantes visitas no futuro. Gostei imenso desta página elegante. Bom fim-de-semana.
"...Eu sou águia,
o tempo de voar...
mas perdi o tempo
de ser mar!"
lindo!... que sejas sempre mar... imenso, de águas calmas e azuis de corais...
Um abraço ;)
Enviar um comentário