Colecciono brinquedos,
carros de corda, piões...
jogos de cartas e damas.
Charadas tolas, segredos
piadas com que me enganas.
Vou acumulando histórias,
sonhos, desejos... fantasias.
Coisas grandes ou nem tanto.
As pobres e tristes vitórias
do meu grito e do meu espanto...
Vou mastigando cansaços,
antecipando vinganças.
Enganando o tempo...
Gravando em meus olhos baços
os meus moinhos de vento...
Aos deuses dou catedrais
(aos meus e aos outros...)
Levanto templos à esperança.
Imagino os seus sinais
Em cada volta da dança.
A vida é curta, é bem certo…
tem pouca corda e está gasta.
É rio que corre pró mar...
É um horizonte tão perto
Que o nosso tempo não basta.
Que eu leve comigo a criança
Ao colo de quem me tornei.
Que eu guardo no fundo de mim
Mais que a guerra… a bonança
que une o princípio e o fim.
domingo, julho 06, 2008
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2 comentários:
Outro... em tão pouco tempo!...
Bom augúrio!
Bom poema...
[Beijo...]
Hey! obrigado pelo comentário deixado no meu blog. Gostei do estilo deste poema, lembra-me um pouco o épico. Gosto da escrita. Também passei pela 'outra casa' boas críticas.
beijinho
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