para além da animal procura
dessa fome a saciar
dessa espécie de loucura...
Que procuro em ti
para além desse colo, quente
desse regresso a casa
dessa calma permanente?...
E para além do mar...
revolto ou plano
e para além do ar
nas estações do nosso ano...
Procuro em ti...
o mais sublime dos desejos
a linha que esta linha quer
perdida enfim nos nossos beijos.
Porto,7 de Janeiro de 2007
2 comentários:
Será mesmo essa acalmia que procuramos?
Não será a estabilidade conquistada apenas e para sempre(tempo de mais) aparente.
Espero que não. Que seja realmente esse o caminho
Como a poesia é metáfora!... De acalmia encontrei muito pouco, neste poema.
Pelo regresso a casa? colo quente? Porque está escrito calma permanente?
Porque não, os outros muitos lados?
A animal procura, a espécie de loucura, o mar revolto, a linha que quer perder-se...
Porque não, ser esse um caminho?
Já agora, nestes contextos, qual é a unidade de medida que determina o que é o "tempo demais"?
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