Acordo...
com o branco nos olhos
e os meus lábios colados
nos teus lábios de tecido.
Vencido...
pela luz calada
da insónia fatigada
fechei os olhos
e perdi o tempo de sonhar
a sonhar em nada.
Está frio!
Está sempre frio
quando acordo
para a luz estremunhada
e o arrepio do teu cheiro
me enche os lábios de nada...
Nada!
Antes tempo
de mar e vento
revoltado!...
9.5.80
3 comentários:
Também há beleza no mar cansado, no mar calmo. A revolta é excitante, porque existe sempre a noção de fim, tempo incerto para acabar...
Cumprimentos e bom feriado
Que lindas coisas escreve essa pena...
Hei-de voltar.
Um abraço
Trepa a alma por escarpas a prumo, resvala na crespa ondulação das águas que marulham, lateja, bate e ruge versos de aromas salgados...profundo este poema.
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