Somente o amor que Deus p’los Homens sente,
Tão alto que não cabe em simples verso,
Tão ateado e louco é o facho ardente.
Amor sublime, etéreo amor, imerso
Num coração sincero, eternamente;
Brotado deste sonho em mim submerso,
Amor puro, amor cego, amor demente.
Amor ledo, amor triste, amor destino:
Altivo, sonhador, silencioso,
Solitário, vagabundo e cruel;
Amor esculpido em coração felino
P’las mãos de Deus — o todo Poderoso —
Com fogo (não barro) e, em vez de água, fel!
joão lopes em 1989
4 comentários:
A tua pena era bem sensível nesses anos, jl!
boa semana!
Adoraria contrariar a existência de um amor sublime, amor etereo mas não consigo, porque nem sempre se concorda com o peito onde a metafora perdida vive.
O soneto é lindo!
Boa semana
É-me sempre difícil encontrar palavras para comentar decentemente o que por aqui encontro...
Fica um beijo
Ao JL:
Hoje o Poesia faz um ano.
Um ano inteiro dedicado à Poesia de autores de Blogues, em que tu és também participante.
Por isso o meu obrigada e o meu abraço ;)
Poderás ver a publicação nesta página:
http://portuguesapoesia.blogspot.com/2006_04_01_portuguesapoesia_archive.html
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