segunda-feira, maio 25, 2009

Às vezes olho a minha mão
tão cheia de palavras por dizer...

Imagino poder voltar atrás
aos dias longos no jardim,
aos passos dados entre os dois
quando eras Pai só para mim!

Às vezes sinto nesta mão
todas as presenças que não tive...

e desejo secar o rio
sentar contigo, ao teu lado
naquele banco, hoje frio
onde construimos catedrais à fantasia!

Fomos por momentos Pai e Filho.
Sementes breves do meu gosto de voar!
Momentos mágicos
entre o ter e o desejar.

ao Meu Pai... sentado ao meu lado no jardim da Arca d'água

4 comentários:

Carmen disse...

bem...até arrepia!!
lindo, lindo,lindo
beijos

Unknown disse...

Se voltasse atrás, às catedrais e palácios da minha infância, veria os dias longos das ruas e das casas de Abrantes!...
.
Esse tempo, ele também, de Pai e Filha [verosimilhança de primogénito adiado...], em nada foi linear.
.
Começou a ser tempo que passa quando os meus passos, já sozinha, atravessavam esse Jardim da Arca D'Água em momentos de tempo de relógio, para mim... num tempo mágico, para ti.
.
[Beijo...@]

Blogexiste disse...

Muito bonito.
Obrigado por podermos partilhar estas palavras

Meg disse...

Eduardo,

Reencontrei-te! Finalmente!
Este poema é verdadeiramente comovente...
naquele banco, hoje frio
onde construimos catedrais à fantasia
!

Belíssimo.

Voltarei, que desta vez não vou perder o teu link.

Um abraço grande