sinto o sol queimar
a minha outra pele...
sinto o cheiro a mar
e os teus lábios
entre beijos e palavras.
E quantas vezes... só de pensar em ti...
imagino esse caminho, todo
nesses pés que foram meus.
Imagino os passos
e os teus dedos
entre festas e mãos dadas...
Misturo antes e depois
os dois que fomos
e quem somos hoje,
os dois...
Parto e fico...
Vou e volto.
E quando me sento... aqui,
neste banco breve e frio...
ancorado sem ter mar e sem ter rio...
é ainda o teu cheiro a pele molhada
que me faz voltar à estrada.
E querer o Mundo que não vi.
1 de Julho de 2008 (a pensar em 1 de Julho de 1986)