E porque importa começar de novo... mesmo tendo em conta que o livro ainda não está publicado, aí vai o primeiro poema fora dele. (talvez para o próximo!)
E não se esqueçam de continuar a dar opiniões sobre o livro.
Saber imaginar teu corpo,
o mel que tu transpiras.
Abandonar-me nas delícias das montanhas...
Tuas!
Com os dedos conquistar-te
e cair morto!
Renascer em ti!
Mil vezes percorrer-te,
entrar...
Não querer sair...
Esperar por ti!
Mil vezes desejar-te!
Natureza viva,
que só tu
em mim fazes o pleno do prazer.
Do ter e querer dar,
estranha dimensão a inventar.
Anda imaginar também meu corpo
neste mel que me ofereceste.
Conquistar o fundo dos meus vales...
Teus!
Com os lábios libertar-me
e eu ser teu porto.
Fundires-te em mim.
Correres no círculo do meu eu,
abrires caminho,
no infinito do meu princípio e do teu fim!
Infinitamente um só desejo!
Força criadora
que só nós!
Que de nós inventa
0 que não vejo.
Que de nós faz
0 que não sabemos!
Sempre que não somos,
pelo mundo...
Nossos!
Paris, 7 de Julho de 96