segunda-feira, novembro 01, 2010

De que te falo
quando escrevo os meus poemas?
Como digo o mundo
quando o visto com palavras?

Que um poema é Liberdade
tantas vezes…
mesmo quando preso
nos caminhos mais prováveis.

Liberta-se em soneto a minha voz
cantando os rios todos que há no mundo
buscando insaciável o mais fundo
do ser que vive só dentro de nós.

Inspira-se nas curvas que são tuas
feitas minhas na força de as olhar.
Solta-se nos meus sonhos de acabar
cativo entra as tuas pernas, nuas.

São letras à procura das palavras
palavras à procura dos sentidos
memórias dos meus dias já vividos.

São peças dos mistérios que me davas
na força destes verbos em fusão
fazendo de nós próprios a paixão.

Os versos que te digo serão sempre
epílogos de histórias por escrever
navios feitos d’árvores por nascer.


De que te falo
no sussurro destes versos
transformando o meu mundo
no Universo que calavas?

Que um poema é Liberdade…
tantas vezes,
solto nos ouvidos de quem escuta
à procura de sentidos improváveis.

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