domingo, setembro 14, 2008

Fado dos teus olhos
À noite, se as luzes se apagam
procuro no escuro os teus olhos
onde os meus olhos naufragam.

E quando neles me afundo
Encontro uma luz tão intensa
Que esqueço o resto do mundo.

E neles me vejo enfim
O verso de quem eu sou,
O outro lado de mim!

Flor de Paranhos, 6 de Setembro de 2008

quarta-feira, setembro 10, 2008

...um poema à minha Mãe...
Que um rio nunca esquece
nem quando encontra o mar…
esses montes de onde desce,
o seu primeiro lugar.

Assim recordo e vejo
as noites no teu colo.
As carícias e um beijo
nos momentos do acordar.

E a tua voz contando
estórias de papões com sacos
enquanto eu fantasiando
via Pedros e Marias…

Com essa mesma voz
criavas contos novos
e fazias com que nós
inventássemos magias.

Explicavas, sem saber
Que o mundo não é cinzento…
é da cor que eu quiser,
é da cor do pensamento!

Porto 1 de Setembro de 2008

sábado, setembro 06, 2008

Vou-te falar de beijos.
Discutir as curvas do teu corpo,
inventar palavras, definir desejos,
enquanto desço dos teus seios.

Reinventamos os pecados.
Os dentes brincando nos teus lábios,
doces, quentes e molhados,
enquanto invento devaneios.

Invadimos em silêncio o verbo Amar.
De orvalho feitos ondas...
transformamo-nos no Mar
e deixamos ir...

depois... marinheiros ofegantes,
repetimos o caminho...
e na barca dos amantes
voltamos a partir.

Porto, 6 de Setembro de 2008