sexta-feira, outubro 13, 2006

Amo-te Mulher! Só Deus sabe quanto!
Desde quando não sei... e pouco importa!
Sei só que te amo e, deveras, tanto
Que renasceu a vida, em mim, já morta.

Deixaram já meus olhos triste pranto;
E à solidão cerraram, já, a porta.
Meu choro transformou-se em alegre canto,
Já minh’alma tristezas não transporta

Amo-te Mulher, o quanto não sei!
Sei só que te amo e igualmente quero
Esse teu amor ledo, amigo e puro.

E a minh’ alma e meu corpo entreguei
Ao amor que me ofereceste, sincero,
E arrancou a minha vida do escuro!

joão lopes em 1989

terça-feira, outubro 03, 2006

Mar cansado

É tempo de mar cansado!

Acordo...
com o branco nos olhos
e os meus lábios colados
nos teus lábios de tecido.

Vencido...
pela luz calada
da insónia fatigada
fechei os olhos
e perdi o tempo de sonhar
a sonhar em nada.

Está frio!
Está sempre frio
quando acordo
para a luz estremunhada
e o arrepio do teu cheiro
me enche os lábios de nada...

Nada!
Antes tempo
de mar e vento
revoltado!...

9.5.80