quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Qual proa











Qual proa de navio, olhar altivo,
Sulcando docemente a maresia
À espera da guarida, de um abrigo,
Nos braços do farol que te alumia!

Abraço-te ao meu corpo já cativo
da saudade, prazer e nostalgia
do mar de teus olhos, que seco e estivo,
Sentindo o teu desejo na porfia.

Acalmo o meu oceano e em tuas velas
Desfralda-se a magia desta brisa
De suave macieza, acolhedora.

Erguendo tuas mãos me vejo nelas,
O teu sorriso, de mansinho, sisa
A paz que eu já julgava duradoura.


joão lopes

3 comentários:

Anónimo disse...

Simplesmente MARAVILHOSO!
Beijo JL

Sofia disse...

Que imensidão de azul, este poema.
Azul de mar, azul de alma, azul de calma. Tão azul. Lindo!

Anónimo disse...

Que saudade...