domingo, fevereiro 26, 2006

Fado da reencarnação

Ouvi dizer que procuras
no desespero de um fado
os desejos e as loucuras
que viveste do meu lado.

Pois eu te lembro, foi pouco
todo o tempo que passámos.
Foi intenso e foi tão louco
que pra mim nunca acabámos.

Mas o tempo é soberano
e o rio não volta atrás

e terminar foi engano...
nem todo o nó se desfaz.

E a Paixão que vivemos
Ai, vai ficar pra depois...

quando depois de morrermos
nós cá voltarmos, os dois.

Flor de Paranhos, em 25-2-2006

2 comentários:

JL disse...

Lindo. E soa mesmo a fado. Sente-se a música na métrica e nas palavras.

Bird disse...

Gostei muito

Abraço